Memorial de Alpendorada
O Memorial de Alpendorada, cujas origens remontam possivelmente ao século XII, insere-se num tipo de monumentos relacionados com atos fúnebres ou com intuito de perpetuar a memória de certa personalidade, exclusivos da arquitectura portuguesa e popularmente também designados como arcos, arquinhos ou marmoirais.
No entanto, a presença de uma longa espada gravada nas pedras superiores do plinto que serve de base ao arco, permite-nos considerar a possibilidade de estarmos perante um monumento funerário e memorativo de um membro da nobreza.
De referir que os homens mortos em duelo estavam eclesiasticamente proibidos de serem sepultados em locais sacralizados. Ou seja, a presença deste ícone caracterizador da nobreza, poderá indicar que o monumento é uma manifestação funerária de um indivíduo com uma certa importância social
De referir que os homens mortos em duelo estavam eclesiasticamente proibidos de serem sepultados em locais sacralizados. Ou seja, a presença deste ícone caracterizador da nobreza, poderá indicar que o monumento é uma manifestação funerária de um indivíduo com uma certa importância social
Caracteristicas:
O Memorial de Alpendorada, erguido em granito, é constituído por uma base com duas fiadas bem aparelhadas, a que se sobrepõe um arco de volta perfeita, composto por dez aduelas lisas.
O conjunto é encimado por uma cornija com dupla moldura horizontal saliente, a todo o comprimento, que suporta por sua vez uma cumeeira de duas águas de acentuado pendente, enquadrada num e noutro lado como que por duas caixas de secção hexagonal. Este arco apoia-se sobre uma base paralelepipédica maciça, com sapata, onde se abre uma dupla cavidade mortuária.
O conjunto é encimado por uma cornija com dupla moldura horizontal saliente, a todo o comprimento, que suporta por sua vez uma cumeeira de duas águas de acentuado pendente, enquadrada num e noutro lado como que por duas caixas de secção hexagonal. Este arco apoia-se sobre uma base paralelepipédica maciça, com sapata, onde se abre uma dupla cavidade mortuária.
De destacar a longa espada, com cerca de 120 cm de comprimento, gravada nas pedras superiores do plinto que serve de base ao arco. O desenho da lâmina está de acordo com a tipologia comum aos séculos XI e XII, mostrando gumes paralelos e uma ponta pouco pronunciada denunciando, assim, uma função essencialmente cortante.
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